LINGUAGEM INCLUSIVA NO MARKETING

Fevereiro 16, 2023
Ana Olson

Recentemente, o tema da linguagem inclusiva tem ganhado relevância nas redes sociais – e fora delas também. Porque é que as empresas precisam de se familiarizar com este conceito e adotá-lo nas suas comunicações?

Primeiro, precisamos de entender o que é a linguagem inclusiva: como o próprio nome diz, é aquela que não exclui pessoas pelo seu género, orientação sexual, idade, etnia, religião, classe social e características físicas e mentais.

Muito mais do que simplesmente substituir o artigo masculino pela letra “x” ou pela letra “e”, a linguagem inclusiva ajuda a promover uma sociedade mais justa e igualitária, ao eliminar estereótipos na comunicação.

Em vez de nos referimos aos “diretores”, uma palavra no masculino, por que não falar sobre a “Direção”? Em vez de dizermos que temos um “ponto fraco”, podemos dizer que algo não está a receber a atenção necessária, e assim por diante!1

Ao planear a sua próxima campanha publicitária, é importante considerar as conclusões de estudos sobre o tema, como por exemplo:

• A pesquisa What Women Want?2 da Kantar demonstrou que dois terços das mulheres no Reino Unido descartam anúncios que reforcem estereótipos negativos em relação a elas. Ou seja: quando a linguagem do anúncio não inclui as mulheres de forma consciente, o investimento pode ser perdido.

• Uma pesquisa da McKinsey & Company3 indicou que mais de 75% da população até aos 25 anos (ou seja: a próxima geração de clientes da sua empresa!) cortam relações com empresas que apresentem conceitos machistas, racistas ou homofóbicos na sua publicidade.

• Na pesquisa feita pelo The Female Quotient, Google e Ipsos,4 64% das pessoas entrevistadas nos EUA disseram que atuaram depois de terem visto um anúncio que apresentasse diversidade e inclusão – e em algumas faixas etárias, como a entre 25-40 anos, essa percentagem foi ainda maior: 77%.

Assim, é claro que as empresas que procuram continuar a cativar clientes, particularmente pessoas de gerações mais novas, não podem não adotar uma linguagem inclusiva.

Num próximo artigo, falaremos sobre o outro lado da moeda: a comunicação interna.

Até lá!

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