Como podem ver pelo provérbio que escolhi para título deste artigo, hoje quero falar do tempo. O tempo para fazer, para arriscar, para pensar, o tempo de um negócio. Vivemos num mundo acelerado, em que se quer tudo “para ontem” e preferencialmente na perfeição. Ora, é mais do que sabido que tempo é dinheiro e um cliente está sempre perante uma faca de dois gumes: por um lado, pode pedir um serviço, seja ele tradução, transcrição, legendagem, com um prazo muito apertado e esperar que o trabalho esteja perfeito. Mas, por outro lado, ele sabe que um trabalho bem feito requer tempo e planeamento.
Qualquer pessoa se pode autointitular “tradutora” e dizer que faz uma tradução em 24 horas, mas será mesmo uma profissional? Não será mais o caso de ser alguém que quer angariar o máximo de trabalhos possível, usar uma ferramenta de tradução automática e, assim, dizer que cumpre prazos irreais? Hoje em dia, a segunda hipótese ainda é recorrente e cabe ao cliente saber distinguir o trigo do joio e programar os seus projetos para que os seus prestadores de serviços tenham tempo de lhe entregar um bom trabalho e/ou serviço.
Uma tradução, seja ela de que ramo for e de que tamanho for, requer pesquisas, requer atenção aos detalhes, à coerência, à linguagem e requer revisão. Se um tradutor não tiver tempo para qualquer um dos passos acima descritos, não conseguirá prestar um bom serviço e porá em causa não só o seu nome e brio profissional, como também o negócio do seu cliente.
O tempo deve ser bem gerido e, mesmo com os obstáculos e os imprevistos que a vida nos apresenta, devemos ter sempre consciência de que se houver mais horas alocadas a um projeto, esse projeto terá todas as probabilidades de ter mais êxito do que um feito à pressa ou com um prazo muito apertado.
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