EXPECTATIVA VS. REALIDADE

Maio 4, 2021
Maria Joaquina Marques

Na procura de novas formas de inovar e expandir, as empresas veem-se muitas vezes a braços com o problema da barreira linguística, não só porque o volume do conteúdo a ser trabalhado é muito elevado, mas também porque os recursos humanos são escassos ou inexistentes para este tipo de tarefa. Porém, a abordagem tomada por muitas é a de delegar o trabalho ao colaborador que melhor sabe falar a língua estrangeira e, se esta situação até pode correr bem uma vez, com um documento, o mesmo não se poderá dizer com documentos técnicos ou manuais que têm milhares de páginas. No entanto, a expectativa da empresa não muda perante esse fator e isso poderá acarretar problemas futuros.

Se uma empresa delega, de vez em quando, uma tradução a um colaborador que não é tradutor, nunca vai saber quais são as verdadeiras exigências de uma tradução, como é o caso de ser especializada e, consequentemente, precisar de um tradutor especializado na área; de ser necessário pesquisar, o que faz aumentar os dias de trabalho; de ser preciso uma colaboração entre departamentos para que a mensagem esteja bem detalhada, levando a que seja essencial uma boa comunicação entre departamentos e agência de tradução. Além disso, o tempo de execução também será completamente diferente, não só pelas razões acima descritas, mas também porque uma empresa de tradução tem o seu portefólio de clientes e, por conseguinte, uma agenda que poderá estar mais ou menos preenchida, sendo que muitas vezes é uma equipa de tradutores e revisores que faz o trabalho e é necessário conseguir articular a disponibilidade de todos.

Assim, ao adjudicar um trabalho de tradução a uma agência, o cliente deve ter presente a realidade do ramo para que não se sinta enganado em relação a prazos, para não pensar que um trabalho de tradução se faz de um dia para o outro, para não considerar que o preço é injusto e para que consiga obter a melhor relação custo-qualidade.